sábado, 17 de julho de 2010

MAIS UM POUCO DA MESMA COISA

Férias de agility, pelo menos para mim,serve para alguma reflexão sobre vários assuntos, principalmente quando estamos em contagem decrescente para uma nova temporada.O que irá mudar?Penso que nada ou muito pouco pois não há muito a ser mudado.Por isso atrevo-me a dizer que irá ser mais um pouco da mesma coisa.Não é uma critica mas uma realidade difícil de fugir por variadas razões.Pela parte que me toca , arbitragem, tenho pensado em algumas frases que se ouvem.Pista muito difícil, pista muito fácil, pista muito técnica etc.
Aproveitando o pouco tempo disponível, dei uma pesquisada em algumas competições internacionais e constatei o que mais ou menos já sabia.No Brasil temos das pistas mais difíceis e técnicas que se utilizam por todo esse mundo.Principalmente no grau 3 , mas também nos 1 e 2 os nossos juízes tentam apresentar pistas com sequências de exercícios que quase não deixam a dupla respirar. Eu me incluo nesse lote.Gosto de pistas fluídas mas bem técnicas.Aqui fica uma pergunta será isso o melhor para o desenvolvimento do agility?Ou seja com pistas muito técnicas as duplas mais evoluídas técnicamente levam vantagem, óptimo,para isso treinam mais têm melhores cães etc, mas será que aqueles que estão logo ali no patamar seguinte não desmotivam com os seus resultados? Um meio termo não seria o ideal?
Como disse é só passear um pouco na net e reparar que pistas apresentadas como grau 3 em países com vários campeões do mundo, em finais e selectivas , se fossem apresentadas aqui seriam logo rotuladas de grau 2.
Assim como ficamos? Vai mais um pouco da mesma coisa ou mudamos algo?
Dificil.

14 comentários:

  1. Pois é Arthur, eu concordo contigo nesse quesito "dificuldade de pistas". Também acho que as pistas lá fora são menos complexas. As do Brasil são sempre mais sufocantes, e te adianto que as do Rio costumam ser ainda piores.

    Eu acho que Agility é agilidade e habilidade juntos. Nosso sistema difícil exige que os cães pensem mais do que corram. Ou seja, os lentos muitas vezes se sobressaem pela regularidade e menor probabilidade de erro, o que pra mim não é a alma do Agility. Digo isto pois tenho cachorros medianamente rápidos, e é extremamente frustrante cair para sei-lá-que-colocação por ter cometido apenas uma falta, já que outros 5 cães mais lentos zeraram a pista. Qual é o mais legal para o Agility? Meu Sheltie que corre ou o "X" que não corre? Hoje em dia tenho minhas dúvidas.

    Acho que as pistas tem que permitir que o grande número dos cães zerem, para que a disputa fique na velocidade. Claro, não é montar uma pista Iniciantes para Grau 1. Mas em nossos resultados vemos que pistas zeradas é o mínimo.

    Ou seja, no Brasil, não é preciso ser rápido. Basta ser correto. Isso vale para todos os Graus, menos o Grau 3. Seria muito mais legal fazer uma pista querendo correr para bater o tempo do fulano, do que fazer uma pista no sufoco para conseguir não eliminar!

    Em muitas das pistas os condutores entram pensando em NÃO ELIMINAR, ao invés de entrar pensando em como fazer mais rápido. Com a dificuldade, muitos travam seus cães. Ao invés de estimular a velocidade, nossas pistas inibem!

    ResponderExcluir
  2. Eu penso Artur que isso varia de árbitro pra árbitro. Dificuldade das pistas. Não vai mudar agora, mas temos vários árbitros ai que podem virar bons árbitros a longo prazo grau 3.

    Não sei se as pistas são mais difíceis ou mais fáceis. Até porque a gente treinar conforme os árbitros montam as pistas. Teve pista temporada passada com quatro ou cinco outs, por exemplo. Acho isso ridículo e de uma falta de criatividade tremenda.

    Vários árbitros resolvem suas pistas assim: coloco um túnel na subida da passarela no grau 3 e monta um percurso muito fácil porque se colocar algo mais complicado já era a prova.

    A mentalidade dos árbitros é meio que a mentalidade dos condutores. Como a Maria falou a maioria dos condutores pensa em terminar a pista e a maioria dos árbitros pensa em como eliminar as duplas e não em cobrar mais velocidade.

    O cara senta pra montar o percurso e diz: "deixa eu ver onde eliminar" e não "deixa eu ver como fazer um percurso legal pro mais rápido vencer".

    ResponderExcluir
  3. Uma das afirmações que mais se ouve no agility é que se trata de uma atividade para todo tipo de cão. Assim, cães lentos estão incluídos. Um cão lento não pode ser mais rápido, mas um rápido pode ser mais lento.Se uma sequência exigem mais controle que velocidade, o condutor deve ter condições de exigir isso do animal.
    Acabei de de me tornar aspirante a àrbitro e tenho a pretenção de fazer um bom trabalho julgando.
    Particularmente, gosto do risco, gosto da velocidade e sempre espero que os condutores estabeleçam as melhores estratégias para completar o percurso.
    Só vou saber com o tempo se, como árbitro, serei capaz de montar percursos com tais exigêcias.
    Quanto à dificuldade, penso se tratar de algo subjetivo. Para uns, a dificuldade esta em pistas travadas. Para outros, uma sequencia de retas é a certeza de eliminação.

    ResponderExcluir
  4. Olá Pessoal

    Eu acho que não é esse o caminho para que possamos mudar as coisas no Agility.

    Um juiz quando monta uma pista e se tem 10% a 15% de eliminação acertou a pista de acordo com os cães que estava julgando. Se o índice for maior o juiz errou e cabe a CBA orientar esse juiz sobre as pistas e dar mais uma oportunidade. Se ele errar de novo então entra na geladeira, pois o que não falta são juizes agora.

    Agora mais um pouco da mesma coisa. Precisamos saber quantos novas duplas aderiram ao agility nos últimos 03 anos?
    Digo novas duplas e não duplas formadas com cães experientes do Grau 3 e 2 que entram no AG1.
    Artur você tem esses dados?

    Outra coisa, li que vai haver um prova de Agility em Descalvado!!!
    O que isso vai agregar ao Agility?
    No dia talvez muito publico, mas quem quiser treinar não tem aonde.

    Essa é a minha opinião.

    ResponderExcluir
  5. Sam

    Por diversos motivos, embora perceba a tua pergunta e a ache de acordo com uma análise mais abrangente, eu apenas queria focar na arbitragem.
    A pergunta é . Vale a pena pistas mais dificeis onde dois ou trÊs zeram ou um pouco mais simples , embora dentro da dificuldade para o grau em causa e vários consigam zerar?
    Teremos de ter pistas do nivel de um mundial , todos os fins de semana ou poderemos manter um nivel competitivo alto sem isso ?

    Essa é a questão que levanto.

    Quanto ao resto...

    Artur Pires

    ResponderExcluir
  6. Respondendo a sua pergunta eu não acho válido uma pista onde dois ou três zeram.
    As pistas tem que ser montadas para que haja um espetáculo das duplas e haja um nivel competitivo entre as duplas brasileiras e não visando somente o mundial.

    Para o mundial já existe as seletivas, aí sim as pistas tem que serr osso duro de roer.

    ResponderExcluir
  7. Artur, talvez pelo fato da maioria das pistas serem travadas e " tecnicas " tenhamos a possibilidade de estar ao lado do cão o tempo todo,e , quando temos pela frente pistas como algumas que vi no mundial e nas seletivas onde o condutor tem que estar um pouco longe ou do outro lado da passarela...alguns condutores sentem muita dificuldade, afinal nem sempre é possível estar do lado do cão...nem sempre é possivel estar ao lado do cão na zona...nem sempre temos alguém para gritar zona ao lado da pista...enfim me parece que realmente muita coisa deve mudar, mas mudar mesmo !!

    Sem mudança continuará td na mesma !!!

    Temos tambem que ter cuidado com essas coisas, zonas de subida de gangorra...descida de rampa...

    Outra coisa importante que eu gostaria de saber e que talvez tivesse que ter um tópico próprio...afinal existe " fica " no inicio ?
    É opção do juiz ?
    No mundial, americas e outras competições fora do brasil parece não existir !!

    Pq alguns juizes no Brasil continuam pedindo isso ??

    Na seletiva o Tamaio pediu !!! Achei bem " ultrapassado " , mas ele pediu !!

    Sam, também não entendo pq uma prova em Descalvado, nada contra a cidade que nem conheço e que provavelmente irei conhecer...mas realmente não vejo sentido !!

    E o Sam tem razão , se temos tantos juizes novos, temos que colocar eles para julgar e tentar criar novos e bons juizes para poder ter mais alternativas de qualidade !

    ResponderExcluir
  8. Há tempos não era colocado tema tão interessante nas discussões.
    Mesclando colocações do Artur e do Sam, não cabe outra conclusão que aquela do Artur: “A pergunta é . Vale a pena pistas mais dificeis onde dois ou trÊs zeram ou um pouco mais simples , embora dentro da dificuldade para o grau em causa e vários consigam zerar?”. Sequer é questão de zerar mas, sim, de apresentar um agility com desenvoltura a demonstrar a técnica da dupla. Portanto, a resposta é “vale a pena!
    À segunda pergunta do Artur, ou seja, manter o nível do Mundial todos os fins de semana ou aumentar a dificuldade, por certo a colocação do Sam copntém a resposta:” Para o mundial já existe as seletivas, aí sim as pistas tem que serr osso duro de roer.”
    Assim, os condutores com vistas ao Mundial e aqueles que treinam mais e possuem os melhores cães, ou melhor, os mais treinados, terão condições de aplicar toda sua técnica que não pode ser conquistada somente em provas dos campeonatos mas com dedicação nos seus treinos diários e, porque não, nos estudos que devem fazer e na técnica que desenvolvam no agility.
    Nesse rumo, certamente os menos técnicos não serão desestimulados, mesmo que venham a ter mais dificuldade de alcançar podiuns, já que concorrendo com os mais técnicos em percursos ditos menos complexos.
    Quanto à prova de Descalvado, devemos nos lembrar que já fomos mais longe para competir e em lugares até mesmo sem público. Locais que também não tinham porque sediar qualquer etapa de qualquer campeonato. No entanto, mesmo sem saber se há algum interesse da CBA em realizar a prova em Descalvado, a verdade é que ela está somente atendendo a seu objetivo que é expandir o agility e isso é dar conhecimento do agility à maior parte da população possível.

    ResponderExcluir
  9. Parece que estamos de acordo em relação ás pistas.O problema é como fazer passar essa mensagem para os demais árbitros.
    Cada um pensa como quer e age como quer.
    Depois depende da côr ( preferência )em que se encontra.Se é da minha côr faz tudo perfeito se é de outra côr faz tudo errado. Será isso?
    Se não existe união e unanimidade em tantas coisa como haverá a arbitragem de ser diferente?
    Dificil.

    ResponderExcluir
  10. Artur

    Só uma pergunta:
    Sempre entendi que a CA estabelecia critérios e orientações.
    Caso não sejam seguidas, não é o caso de se adotar o que o Sam colocou, ou seja, "geladeira"?
    Isso é feito em todos os esportes.

    ResponderExcluir
  11. Dr

    Sendo a arbitragem uma actividade amadora e não renumerada, a ideia nunca foi nem é de criar "geladeiras" , mas sim linhas de orientação.No entanto aquilo que para mim parece-me correto pode não ser para os demais e asim sempre teremos os partidários do fácil de mais e do dificil de mais.A arbitragem pode e deve contribuir para bons espétaculos e desenvolvimento do esporte, mas não lhe podem, nem devem, ser imputadas todas as responsabilidades.

    Abs

    ResponderExcluir
  12. Acho que aqui está sendo cometido mais um equivoco.
    A arbitragem pode ser amadora,mas os condutores estão pagando bem e gastando muito para participar das provas.

    Aí cabe a C.A a responsabilidade de chamar árbitros capazes de motarem pistas para um bom espetáculo, levando em consideração tudo o que já foi escrito e debatido aqui.

    ResponderExcluir
  13. Acho que os condutores não sabem a força que possuem...somos nós que pagamos toda essa conta, sem CBA outra instituição surgiria, sem as pessoas que hj trabalham..outras surgiriam..mas sem competidores não existiria ...então é mais que óbvio que as coisas devem estar voltadas para o bem da maioria !!!
    Fui claro ???

    ResponderExcluir
  14. Penso que a CA deva orientar no intuíto de evitar casos extremos. Como já disseram por aqui, o que é difícil para uma dupla, pode não ser para outra. Portanto, como acertar o meio termo?
    Acredito que cada árbitro tenha uma visão um pouco diferente dos demais e é aí que está a chave. Variando constantemente os árbitros, teremos pistas variadas, mais técnicas, mais velozes, truncadas...
    Ainda não consigo visualizar como uma pista do Guilherme, que também é aspirante como eu, possa ter as mesmas características que outra montada por mim.
    Como exemplo, vemos que em esportes centenários como o futebol, sabemos que existem arbitros mais rígidos e outros que deixam o jogo rolar.

    Miguel.

    ResponderExcluir