Este fim de semana mais duas etapas do IX Camp Brasileiro, a 7ª e 8ª.Depois destas restam apenas mais duas já daqui a quinze dias.Irei julgar na 7ª o Agility grau 1 e o agility grau 3.
Infelizmente tem chovido toda a semana e o piso não vai estar nas melhores condições.Fiz as minhas pistas a contar com isso, piso escorregadio e até chuva na hora da prova.Não é a pista que tinha idealizado,espero que esta resulte bem, mas essa fica guardada para a próxima.Espero que tudo corra bem.Boa sorte a todos os concorrentes e para nós juízes.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
quarta-feira, 27 de maio de 2009
REFUGO – ZONA DE APROXIMAÇÃO

Muitas pessoas perguntam a partir de onde e qual o critério usado para definir a chamada zona de aproximação.Zona de aproximação é uma zona anterior a um obstáculo onde inversão de sentido de corrida ou exitação, paragem etc o juiz marca refugo.
Mais ou menos a que distância ela começa? 1mt , 1,5 mt , 2 mt mais ?
Hoje os cães estão cada vez mais bem treinados e rápidos e a abordagem dos obstáculos nomeadamente nos saltos é feita cada vez de mais longe.No caso da figura acima essa abordagem está a ser feita de mais ou menos 1,5 mt.Assim os juizes têm tendência a aumentar um pouco essa zona. No meu caso como uso sempre no mínimo 6 metros de distânica entre dois obstáculos a minha “ zona “ é mais ou menos a meio cerca de três metros antes do obstáculo seguinte.Dentro dessa área qualquer inversão , paragem etc eu marco refugo.
Curiosidade.
Se tivermos em conta que dois saltos estão a seis metros um do outro e que a velocidade média dos cães hoje é de 4,4 mt seg ( agility ) , claro cães de topo e com a abordagem a ser feita de cerca de 1,5 mt antes do salto, temos que o cão fica no solo 1 seg no máximo entre estes dois saltos.
Em próximo post vou falar mais um pouco sobre refugos e linhas de refugo.
Clique para ampliar:

sexta-feira, 22 de maio de 2009
REGRAS,INTERPRETAÇÃO E SUBJECTIVIDADE
O agility tem mais ou menos uns vinte e anos de existência.Cresceu tornou-se talvez o desporto cinófilo mais popular e ainda não consegue ter uns regulamentos que todos entendam.Não me venham dizer que o problema está na tradução porque não é.O problema é que fazem as regras e publicam.Depois alguém chamam a atenção de um erro e vem " guidelines e mais guidelines" e a confusão sempre a aumentar.Moral da história o regulamento da FCI tem 18 páginas e as "guidelines" já vão em 24 páginas,ou seja, custa mais explicar o que se escreveu do que escrever direito.Vem isto a propósito da célebre gangorra da Dory.Até ao momento ninguém da FCI veio dizer afinal o que é aquilo.Simples se sou eu que faço uma regra e a escrevo sei depois interpretá-la ou não?Pois mas aí começa o problema do que escrevo e do que eu quis dizer.è uma questão de interpretação e de subjectividade.Alguns juízes que contactamos sobre esse caso , as suas respostas são verdadeiros compêndios de interpretação e subjectividade.Todos com as suas razões mas sempre discutiveis por eles próprios.Não interpretem que recebemos respostas erradas ou acertadas, isso não está em causa pois a resposta certa esperamos da FCI, mas tanta interpretação e subjectividade nunca esperei. Foi preciso a Dory e o A & C 2009 para vermos que afinal ainda não está tudo escrito sobre regras e julgamentos.Esperemos as próximas "guidelines"com 3o páginas.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
TRÊS OBSTÁCULOS -TRÊS GRAUS DIFERENTES

Para mim:
1 - grau 1
2 - grau 2 ou 3
3 - grau 3
POR VEZES NÃO VEMOS.

A casa parece um obstáculo inofensivo.Mas não é como já vimos em outro post.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
SAPATILHA
Quando pensamos que já vimos tudo, caso da gangorra da Dory,acontece mais uma situação no mínimo estranha.Um condutor faz um pivot e quando inicia a corrida para o salto seguinte uma sapatilha sai do seu pé e vai bater na asa do salto.Este salto era o da vez. Não aconteceu nada , a vara não caiu e o cão saltou normalmente. O condutor não apanhou a sapatilha nem o cão.
Até aqui acho eu tudo correto.Estava eu a julgar e pensei no momento.
1 - O condutor não tocou no obstáculo
2 - O condutor não apanhou a sapatilha ( Se pegasse teria sido eliminado )
3 - O cão não pegou a sapatilha ( Se pegasse teria sido eliminado )
Mas:
Se a sapatilha ao bater na lateral tivesse derrubado a vara ?
O cão não teria lá a vara para saltar ou ainda pior para mim podia ser que ao mesmo tempo que o cão saltava a vara caia .
Sinceramente não encontro nos regulamentos o que fazer neste caso e assim teria de ir para os casos omissos aqueles em que o juiz tem de decidir com bom censo.
Neste caso eu vi que a sapatilha não saiu por acção proposital do condutor.Se eu tivesse a certeza que a vara caiu por acção da sapatilha e não pelo cão não marcaria nada.Como aliás nada marquei.
Mas que acontece cada coisa ........
Já agora parece que a história da gangorra voltou a acontecer mas desta vez com outro final.
Em outra postagem eu explico.
Até aqui acho eu tudo correto.Estava eu a julgar e pensei no momento.
1 - O condutor não tocou no obstáculo
2 - O condutor não apanhou a sapatilha ( Se pegasse teria sido eliminado )
3 - O cão não pegou a sapatilha ( Se pegasse teria sido eliminado )
Mas:
Se a sapatilha ao bater na lateral tivesse derrubado a vara ?
O cão não teria lá a vara para saltar ou ainda pior para mim podia ser que ao mesmo tempo que o cão saltava a vara caia .
Sinceramente não encontro nos regulamentos o que fazer neste caso e assim teria de ir para os casos omissos aqueles em que o juiz tem de decidir com bom censo.
Neste caso eu vi que a sapatilha não saiu por acção proposital do condutor.Se eu tivesse a certeza que a vara caiu por acção da sapatilha e não pelo cão não marcaria nada.Como aliás nada marquei.
Mas que acontece cada coisa ........
Já agora parece que a história da gangorra voltou a acontecer mas desta vez com outro final.
Em outra postagem eu explico.
BRASILEIRO - CAMPINAS
Mais um fim de semana com etapa dupla de agility.Primeiro vou falar do piso .A grama sintética com aquela borracha própria para jogar futebol, é o melhor para os cães. Não aquece o suficiente para magor as almofadas das patas dos cachorros e estes têm uma tracção quase perfeita.Para mim o melhor tipo de piso depois da grama natural.A competição propriamente dita foi muito boa,embora o grau 1 comece a preocupar um pouco pois estão a faltar duplas novas com aquela qualidade que logo se vê um futuro brilhante.Atenção escolas.Das pistas gostei de todas.Cada uma com as suas particularidades mas cada vez mais a deixar de lado a " pegadinha " ridícula, aquela que está tão evidente que ninguém cai nela, para dar lugar a exercícios inteligentes onde são postos á prova as qualidades do condutor e cão.Sempre disse que uma pista de agility é um conjunto de exercícios e que uma pista boa deve ter no máximo três exercícios distintos.Não posso deixar de destacar o julgamento do Aurélio pois á algum tempo que não julgava e fê-lo muito bem e do Renan na sua estreia no grau 2. Aqui abro um parentisis para dizer o seguinte. A Comissão de Arbitragem da CBA á qual eu pertenço abriu um excepção ao seu regulamento interno para nomear o Renan para julgar o grau 2, mas os julgamentos dele anteriores no iniciante e grau 1, mostraram-nos que podíamos confiar nele.Fez um bom julgamento com boas pistas . Tem coisas a melhorar? Claro que sim ,mas não temos todos? Por isso vamos trocando ideias e informações para que a arbitragem Brasileira seja cada vez melhor.
O importante é que todos estejam sempre abertos a ouvir opiniões e sugestões. Assim de certeza vamos cada vez mais ganhar árbitros e não deixar ninguém pelo caminho.
O importante é que todos estejam sempre abertos a ouvir opiniões e sugestões. Assim de certeza vamos cada vez mais ganhar árbitros e não deixar ninguém pelo caminho.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
MAU DESENHO DE UMA PISTA

São muitos os factores a considerar quando vamos desenhar uma pista de agility.Nos cursos nós falamos aos novos juízes que, quando um juiz recebe um convite para julgar deve procurara saber:
1-Medição da área livre para montagem da pista, entrada, saída e localização da secretaria
2-Tipo de piso
3-Obstáculos disponíveis pela organização
Sabendo a área livre extra para montar a pista pode fazer o seu desenho dentro dessa área.Onde estão localizadas as entrada,saída e secretaria,também é importante para podermos agilizar a prova.Quando se fala de 800 m2 o ideal será ser um 40mt x 20mt eu prefiro 25mt a 30mt de largura mas nunca poderá ser um 80mt x 10mt.O tipo de piso dá-nos uma ideia do tipo de pista que vamos desenhar.Se tivermos um piso que nos parece ir ser escorregadio devemos dar preferência a angulações mais abertas de maneira a que o cão não sofra muito nas mudanças de direcção.Os obstáculos que a organização dispõe é muito importante, pois embora seja obrigatório ter todos os obstáculos disponíveis,isso pode não acontecer e mudanças de ultima hora não são aconselháveis.Tendo estes elementos em seu poder o juiz pode então desenhar a sua pista tendo em atenção o grau que vai julgar.Terá de ter em atenção que obstáculos de zonas de contacto,slalom e salto em distância são obstáculos de particular atenção por parte do juiz e uma má colocação deste pode hipotecar o julgamento.Devemos sempre imaginar onde vamos estar em cada movimento do cão e ver se desse ponto estamos bem colocados para julgar.O pneu é outro obstáculo que principalmente nos minis e midis nos podem trazer problemas.
Dica:
Estejam atentos da reconhecimento para verem se a maioria dos condutores vão fazer a trajectória de condução que vocês esperam.Isto é muito importante para a vossa colocação e eventualmente verem se algum ponto da vossa trajectória de juiz não terá de ser alterada.
Na figura acima dois exemplos de pistas que estão regulamentares mas mal desenhadas e que o juiz não as consegue julgar bem.
terça-feira, 12 de maio de 2009
DO FUNDO DO BAÚ
Quando pensamos que conhecemos uma pessoa, ela nos surpreende ás vezes pela negativa e outras pela positiva.Bem isto a propósito do Alê, sim o do Xeroquito.Reconheço que fiquei admirado e um pouco apreensivo quando pelo telefone a Cibele me disse que ele não ia competir no A & C ,mas iria ajudar no que fosse preciso.Na nossa cabeça veio logo o Alê extrovertido que leva tudo na brincadeira e que ao pé dele ninguém consegue estar triste. Então lá veio a surpresa pela positiva.O Alê no A & C estava com um ar sério, compenetrado e atento nas suas tarefas,apenas relaxando nos intervalos.Foi sem duvida um dos nossos jockers se assim se pode chamar.
Claro que isso nos intrigou.Como poderia o Alê extrovertido, brincalhão ter uma postura tão "profissional" em tarefas que nunca tinha desempenhado ?Da pista para a organização.
Pois bem desvendamos o mistério.Vendo umas fotos do mundial de Espanha realizado em Valldolid,vejam quem aparece com um colete da organização.Sim ele mesmo o Alê do Xeroquito.
Afinal ele já era experiente nestas coisas da organização.
E esta hein?
Brincadeira á parte o Alê foi de uma ajuda enorme e a sua postura condizente com a de empresário de sucesso que ainda arranja tempo para o agility.
Valeu Alê
segunda-feira, 11 de maio de 2009
TETRACAMPEÃO

TETRACAMPEÃO
No minimo é estranho um blog que se destina a regras e julgamentos de agility falar-se de futebol.No entanto o amor clubistico sempre fala mais alto e o meu F. C. Porto sagrou-se campeão de Portugal ontem a duas jornadas do fim. Sim Tetracampeão verdadeiro , quatro anos seguidos, e não do Paraguai como por aqui se fala.Dezassete (17) campeonatos nos últimos vinte e cinco anos e ainda duas copas da Europa , dois campeonatos mundiais de clubes, uma taça UEFA uma super taça europeia e mais algumas taças de Portugal e super taças de Portugal. Este ano ainda pode vencer novamente a Taça de Portugal pois já está classificado para a final.É muito orgulho e ainda para mais quando se está longe e assistimos via TV satélite.
Por isso no bom uso da pronuncia do Norte:
Bibó Porto carago.
sábado, 9 de maio de 2009
QUE BOM
Á muito tempo que não me sentia tão bem. Hoje fui a uma prova de agility para assistir, conversar, dar risada e vêr agility.
Como é bom por vezes deixar as responsabilidades e ser apenas mais um.
Foi pouco tempo pois outros afazeres a isso obrigaram , mas foi tão bom......
Quero mais.
Como é bom por vezes deixar as responsabilidades e ser apenas mais um.
Foi pouco tempo pois outros afazeres a isso obrigaram , mas foi tão bom......
Quero mais.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
SLALOM
Mais um caso de saída no meio do obstáculo, falta. O condutor mete o cão na porta errada levando a que o cão saía pelo lado errado do slalom. Como tem de o terminar corretamente e aborda o obstáculo seguinte, é eliminado.
SLALOM
A colocação de um juiz é muito importante para julgar corretamente o slalom, nomeadamente em ocasiões que o cão sai do salom a meio e o condutor o põe novamente no obstaculo no ponto onde ele pensa ter saido.Se o juiz não estiver atento o cão pode não completar o slalom.No caso desta imagem o cão foi elimindado mas se termina-se tinha faltado fazer uma porta.
terça-feira, 5 de maio de 2009
SLALOM

A colocação do slalom é outro obstáculo em que o juiz deve ter algum cuidado.A rapidez de execução de hoje é tão grande que se o juiz estiver mal colocado pode dar origem a julgamento errado.Mais um obstáculo que recomendo se possível julgar lateralmente.
Seja qual for a colocação do slalom em relação ao sentido da corrida,as linhas de refugo são sempre as mesmas. Ou seja o prolongamento para a esquerda da linha imaginária da primeira vara e do prolongamento para a direita da linha imaginária da segunda vara.
O juiz deve ter em atenção a entrada do cachorro já que muitos condutores "auxiliam " a entrada colocando uma perna a evitar eventual refugo.Se não existir toque tudo bem mas se existir toque o mesmo deve ser marcada a falta respectiva.Também existem condutores que "ensinam o zig zag,fazendo-o com a própria mão.Também aqui se o condutor tocar em alguma parte do slalom deve ser marcada uma falta sempre que isso acontecer. ( falta do condutor e não do cão ).
Como sabem no slalom o juiz só pode marcar uma falta ao cão pelo que se aconselha que nos casos em que o cão entrar na porta correta mas não faz nenhuma intenção de completar essa porta, entra e saí a direito, o juiz marcar refugo. Assim o juiz " defende-se" de um cão mal treinados que poderá passar o TSP a entrar e sair resultando em algo não bonito para a prova e porque não enervante para o próprio condutor.Não sendo habitual já vi acontecer.
Dicas
No grau 1 uma entrada em linha reta pode ser tão complicada como uma entra em sentido inversa no grau 3.Por isso no grau 1 usem entradas fáceis e de preferência sem obstáculos antecedentes que aumentem a velocidade do cão como por exemplo salto em distância ou túneis em linha reta..
Também tenham atenção ao tipo de piso e condições climatéricas.
Nos graus 2 e 3 podem usar entradas mais ousadas,mas observando sempre as condições de piso e climatéricas.
Eu dou preferência nos graus 2 e 3 a entradas de slalom em que o cão "chega sozinho" no obstáculo pois as entradas são mais bonitas e raramente existe toque do condutor.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
EXPERIÊNCIAS E VIVENCIAS 1
Todos sabem a amizade e admiração que eu sinto por dois grandes juízes mundiais.
Luís Narciso de Portugal e Josep Boix Balaguer de Espanha.
Com isto pode parecer que outros não me merecem amizade e respeito, claro que sim, mas estes dois estão intimamente ligados ao meu inicio no agility.Por isso vou-vos contar duas histórias passadas com eles.
A primeira vez que vi agility na minha vida foi no final do ano de 1999 e quem julgou essa prova foi o meu amigo Josep Boix, Balaguer como sempre gostei de o tratar.
A sua postura a maneira como julgava a prova a simpatia para com todos os concorrentes me encantou e não descansei enquanto num clube canino em que era sócio em Portugal, o agility não virou realidade.Assim e quando resolvi organizar a minha primeira prova oficial o juiz convidado foi o Balaguer.Era um fim de semana de etapa dupla para o campeonato de Portugal. No sábado o clube organizador era o Caniclube que organizou a prova em Aveiro , cerca de 50 Km do Porto juntamente com uma exposição de beleza e nós no domingo no Porto. Sábado lá fomos nós até Aveiro assistir á prova e ajudar no que fosse preciso.A prova foi ao ar livre em um campo de terra pois a beleza ocupava toda a zona coberta e para o agility tinham destinado somente um canto com 25mt x 20 mt.Montada a pista, meu Deus caíu o mundo. Mas choveu tanto como nos bons dias de chuva aqui no Brasil.E o Balaguer julgando e molhando-se até dizer chega e eu sempre á espera que ele anula-se a prova, mas qual quê foi até ao fim.Timidamente me acerquei dele apresentado-me como organizador da prova do dia seguinte e disse-lhe.
Senhor Balaguer se amanhã tivermos esta chuva a grama do meu campo vai virar pantanal.
Sem problema respondeu ele.No dia seguinte S. Pedro enviou o restante de chuva do dia anterior, para terem uma ideia ás 11:oo da manhã tínhamos de estar com as luzes artificias acesas para termos alguma visibilidade.Mas ele fez a prova, só reclamando quando algum competidor demorava mais um pouco a entrar em pista.No final passamos em um shoping para comprar um par de sapatos novos para ele, os dele estavam desfeitos,foi a minha casa tomar um banho e mudar de roupa e seguimos para o aeroporto para ele viajar até Barcelona.Na despedida agradeceu mais uma vez o convite e quando lhe falei da chuva do fim de semana ele riu-se e disse-me. " Nós agiliteiros temos todos um pouco de loucos "
Passados uns meses, antes do mundial do Porto viajei até uma cidade do Sul de Espanha , Zafra, para assistir a uma prova de agility do campeonato daquele país em que o juiz era o meu amigo Luís Narciso. O grupo d Portugal encontrou-se para almoçar e fomos para uma feira de animais onde a prova iria ter lugar.Chegados lá as áreas cobertas estavam ocupadas com a exposição e a prova iria ser ao ar livre.Só que as condições do tempo estavam ainda piores do que as relatadas anteriormente já que juntamente com a chuva havia tanto vento que nenhuma lateral de salto ficava em pé.Aí alguém da organização disse algo em Castelhano mais ou menos assim:
"Se quiserem podemos fazer no pavilhão tal ".Resposta pronta do Luís Narciso. vamos para lá , perante o olhar admirado dos Espanhóis.Percebemos o porquê quando lá chegamos.Era aquilo que em Espanha se chama de um redondel.Uma arena coberta de piso de picadeiro , óptima para o agility ,mas.... redonda aí com uns 25 mt de diâmetro no máximo. lembro-me da cara do Luís olhando para nós como perguntando e agora e com aquele ser ar dizer : Então não vão buscar os obstáculos?.. Sentou-se na bancada e olhando a pista e as pistas que levava desenhadas alterou tudo para aquela circunferência.Fez a prova com a participação entre outras da campeã mundial Pere Saavedra. No final dizia: Então vim eu de tão longe e não fazia a prova?Era só o que faltava.Já no caminho de regresso paramos para jantar e perguntei-lhe da dificuldade dele em mudaras pistas que levava para um 40 x 20 para aquela circunferência.Um juiz a poucos meses de julgar um mundial correr o risco de a prova poder não correr bem.
Resposta dele. Quando me sentei na bancada para alterar as pistas, disse para comigo mesmo.
" Luís só podes ser louco "
DE que será feito então um agilyteiro? Que o leva a suportar situações que só louco suporta? Frio, sol, chuva, viagens enormes em alguns casos para 2 minutos de competição?
Que droga será essa de tal de agility chamada que nos corre nas veias ?
Como diz o meu grande amigo Zé do Queijo: " Agiliteiro é tudo nóia "
Obrigado a esses dois grandes amigos e juízes por me fazerem crescer o gosto pelo agility e hoje ser mais um louco ou nóia.
Em 2002 o Dan em viagem por Portugal competiu em Zafra fazendo parte da nossa equipa C. I. C. Norte.
Luís Narciso de Portugal e Josep Boix Balaguer de Espanha.
Com isto pode parecer que outros não me merecem amizade e respeito, claro que sim, mas estes dois estão intimamente ligados ao meu inicio no agility.Por isso vou-vos contar duas histórias passadas com eles.
A primeira vez que vi agility na minha vida foi no final do ano de 1999 e quem julgou essa prova foi o meu amigo Josep Boix, Balaguer como sempre gostei de o tratar.
A sua postura a maneira como julgava a prova a simpatia para com todos os concorrentes me encantou e não descansei enquanto num clube canino em que era sócio em Portugal, o agility não virou realidade.Assim e quando resolvi organizar a minha primeira prova oficial o juiz convidado foi o Balaguer.Era um fim de semana de etapa dupla para o campeonato de Portugal. No sábado o clube organizador era o Caniclube que organizou a prova em Aveiro , cerca de 50 Km do Porto juntamente com uma exposição de beleza e nós no domingo no Porto. Sábado lá fomos nós até Aveiro assistir á prova e ajudar no que fosse preciso.A prova foi ao ar livre em um campo de terra pois a beleza ocupava toda a zona coberta e para o agility tinham destinado somente um canto com 25mt x 20 mt.Montada a pista, meu Deus caíu o mundo. Mas choveu tanto como nos bons dias de chuva aqui no Brasil.E o Balaguer julgando e molhando-se até dizer chega e eu sempre á espera que ele anula-se a prova, mas qual quê foi até ao fim.Timidamente me acerquei dele apresentado-me como organizador da prova do dia seguinte e disse-lhe.
Senhor Balaguer se amanhã tivermos esta chuva a grama do meu campo vai virar pantanal.
Sem problema respondeu ele.No dia seguinte S. Pedro enviou o restante de chuva do dia anterior, para terem uma ideia ás 11:oo da manhã tínhamos de estar com as luzes artificias acesas para termos alguma visibilidade.Mas ele fez a prova, só reclamando quando algum competidor demorava mais um pouco a entrar em pista.No final passamos em um shoping para comprar um par de sapatos novos para ele, os dele estavam desfeitos,foi a minha casa tomar um banho e mudar de roupa e seguimos para o aeroporto para ele viajar até Barcelona.Na despedida agradeceu mais uma vez o convite e quando lhe falei da chuva do fim de semana ele riu-se e disse-me. " Nós agiliteiros temos todos um pouco de loucos "
Passados uns meses, antes do mundial do Porto viajei até uma cidade do Sul de Espanha , Zafra, para assistir a uma prova de agility do campeonato daquele país em que o juiz era o meu amigo Luís Narciso. O grupo d Portugal encontrou-se para almoçar e fomos para uma feira de animais onde a prova iria ter lugar.Chegados lá as áreas cobertas estavam ocupadas com a exposição e a prova iria ser ao ar livre.Só que as condições do tempo estavam ainda piores do que as relatadas anteriormente já que juntamente com a chuva havia tanto vento que nenhuma lateral de salto ficava em pé.Aí alguém da organização disse algo em Castelhano mais ou menos assim:
"Se quiserem podemos fazer no pavilhão tal ".Resposta pronta do Luís Narciso. vamos para lá , perante o olhar admirado dos Espanhóis.Percebemos o porquê quando lá chegamos.Era aquilo que em Espanha se chama de um redondel.Uma arena coberta de piso de picadeiro , óptima para o agility ,mas.... redonda aí com uns 25 mt de diâmetro no máximo. lembro-me da cara do Luís olhando para nós como perguntando e agora e com aquele ser ar dizer : Então não vão buscar os obstáculos?.. Sentou-se na bancada e olhando a pista e as pistas que levava desenhadas alterou tudo para aquela circunferência.Fez a prova com a participação entre outras da campeã mundial Pere Saavedra. No final dizia: Então vim eu de tão longe e não fazia a prova?Era só o que faltava.Já no caminho de regresso paramos para jantar e perguntei-lhe da dificuldade dele em mudaras pistas que levava para um 40 x 20 para aquela circunferência.Um juiz a poucos meses de julgar um mundial correr o risco de a prova poder não correr bem.
Resposta dele. Quando me sentei na bancada para alterar as pistas, disse para comigo mesmo.
" Luís só podes ser louco "
DE que será feito então um agilyteiro? Que o leva a suportar situações que só louco suporta? Frio, sol, chuva, viagens enormes em alguns casos para 2 minutos de competição?
Que droga será essa de tal de agility chamada que nos corre nas veias ?
Como diz o meu grande amigo Zé do Queijo: " Agiliteiro é tudo nóia "
Obrigado a esses dois grandes amigos e juízes por me fazerem crescer o gosto pelo agility e hoje ser mais um louco ou nóia.
Em 2002 o Dan em viagem por Portugal competiu em Zafra fazendo parte da nossa equipa C. I. C. Norte.
sábado, 2 de maio de 2009
LINHA RETA OU SEGURO

Toda a apresentação do curso é muito bem feita e bem ilustrada.
Com certeza que ele ficará feliz de eu apresentar aqui algumas fases desse curso.
Obrigado Luis
sexta-feira, 1 de maio de 2009
EXPERIÊNCIAS E VIVÊNCIAS
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